O Programa Gaúcho de Microcrédito entregou neste sábado (19), em Cacequi, durante a interiorização do Governo, cheques aos três primeiros tomadores de empréstimos do programa do Executivo estadual no município. A comerciante Nilzete Catarina dos Santos Carneiro, o produtor rural Alex Sandro Amado Osório e a costureira Angélica Rosa Luiz receberam, simbolicamente, cheques de valores entre R$ 3 mil e R$ 7 mil, concedidos com as menores taxas do mercado, de 0,64% ao mês e para pagamento em até 24 vezes. Eles representaram o grupo dos primeiros oito tomadores da cidade, captados pela ICC Central (Imembuí), de Santa Maria, que recém iniciou suas operações na cidade, após a adesão da Prefeitura Municipal ao programa.

Os modelos de cheques - que foram entregues pelo secretário de Economia Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa, Maurício Dziedricki e pelo secretário-geral de Governo, Estilac Xavier - , buscaram demonstrar a consolidação crescente do Programa Gaúcho de Microcrédito no Rio Grande do Sul, afirmou o titular da Sesampe, que informou, ainda, que o Programa já conta com 68 Prefeituras credenciadas para operar o sistema e 12 instituições de microcrédito.

Além disso, a parceria com o Banrisul tem sido essencial para que o nosso Programa seja um ponto sólido no desenvolvimento do empreendedorismo e na criação de alternativas pessoais, familiares e comunitárias de emprego e renda para os gaúchos, afirmou Maurício. O Programa oferece crédito entre R$ 100 e R$ 15 mil para micro e pequenos empreendedores com as menores taxas de juros do mercado (8% ao ano ou 0,64% ao mês).

O governador Tarso Genro ressaltou que o Programa Gaúcho de Microcrédito adquire mais importância ainda para regiões onde o desenvolvimento não é tão harmônico e equilibrado, representando oportunidades de crescimento, de renda e de desenvolvimento.

Oportunidades
Com o filho Rafael, de três anos, no colo, a dona de casa Greice Dias representou o marido ao receber o cheque simbólico do microcrédito no Ginásio de Esportes de Cacequi. Com o valor, Alex pretende comprar mais duas vacas para ampliar o pequeno rebanho da famílias e ampliar a produção de leite e derivadas que comercializa na cidade. O empréstimo de R$ 3 mil será pago em 12 vezes de R$ 255,00.

A jovem Angélica Rosa Luiz, com o aporte de R$ 7 mil, conseguiu realizar mais cedo o sonho de instalar sua própria confecção e loja. Aos 18 anos, ela vai abandonar de vez a venda de porta em porta de lingerie e instalar sua loja e confecção em sua própria casa. O empréstimo será pago em 12 vezes de R$ 613,00, que ela considera adequado à sua renda atual.

A comerciante Nilzete Carneiro tomou R$ 5 mil por dois motivos básicos: quer equipar a pequena livraria e papelaria que mantém há dois anos na frente de sua casa para o início do próximo ano escolar e ampliar as atuais instalações. Com isso, acha que vai aumentar em mais ou menos 30% a renda da família, que vem ajudando a complementar com sua atividade, que iniciou de maneira informal, mas que há mais de um ano já se tornou legalizada.

Texto: Marcelo Villas-Bôas
Foto: Claudio Fachel/Palácio Piratini
Edição: Redação Secom