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Uruguai rejeita política de cotas para o arroz apresentada pelo Governo do Estado

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A proposta de estabelecer cotas de exportação do arroz entre os países do Mercosul foi rejeitada pelo ministro da Agricultura do Uruguai, Tabaré Aguerre. Ela foi apresentada ao ministro uruguaio na tarde desta quinta-feira (20), em Montevideu, por uma
Uruguai rejeita política de cotas para o arroz apresentada pelo Governo do Estado

A proposta de estabelecer cotas de exportação do arroz entre os países do Mercosul foi rejeitada pelo ministro da Agricultura do Uruguai, Tabaré Aguerre. Ela foi apresentada ao ministro uruguaio na tarde desta quinta-feira (20), em Montevideu, por uma comitiva liderada pelo secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, da qual também faziam parte representantes do Instituto Riogrande do Arroz (Irga), da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz) e da Federação da Agricultura (Farsul).

Os gaúchos queriam definir o regramento dos volumes exportados ao Brasil, como forma de proteger a cadeia produtiva nacional e, ao mesmo tempo, permitir aos orizicultores o planejamento das áreas a serem plantadas, visando evitar super produção e a desvalorização do produto, como ocorreu na safra 2010/2011.

O argumento de Aguerre baseia-se nos protocolos firmados entre os países membros do Mercosul, ratificados em dezembro do ano passado pela presidente Dilma Rousseff e pelo presidente Juan Mugica, do Uruguai. O secretário Mainardi afirma que entende a posição uruguaia, mas que a proposta não busca restringir o livre comércio, mas estabelecer um regramento capaz de criar os mecanismos para valorizar a produção de arroz brasileira, argentina, uruguaia e paraguaia.

O ministro afirmou que a área plantada com arroz no País mantém-se estabilizada desde 1991 em cerca de 185 mil hectares e que o Brasil deixou de ser o principal importador entre os 40 países para quem o Uruguai vende. Hoje, nosso principal cliente é o Peru e o Brasil está em quarto lugar. Explicou, ainda, que sofre pressões idênticas. Cerca de 55% da carne suína que consumimos vem do Brasil e isso leva os produtores locais a pressionarem o governo, disse.

O presidente do Irga, Claudio Pereira, explicou que a intenção da proposta era a de obter uma melhor remuneração para os produtores do Mercosul. Já o presidente da Federarroz, Renato Rocha, que estava acompanhado do diretor Daire Coutinho, afirmou que o objetivo era estabelecer uma agenda positiva de fortalecimento dos arrozeiros do Mercosul. Por sua vez, o presidente da Câmara Nacional do Arroz e representante da Farsul na comitiva, Francisco Schardong, garantiu que o regramento traria vantagens para todos os produtores.

Texto: Marcos Pérez
Foto: Rivadávia Vieira
Edição: Redação Secom (51)3210-4305

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