Sede da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados deverá ser construída em Canoas
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Com o objetivo de melhorar e humanizar a gestão do sistema prisional do Rio Grande do Sul, a secretária da Justiça e dos Direitos Humanos, Juçara Dutra Vieira, coordenou mais uma reunião do grupo de trabalho da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac), que visa montar uma estrutura no Estado nos moldes de um empreendimento visitado em Itaúna, Minas Gerais.
O encontro ocorreu no Palácio do Ministério Público, na manhã desta segunda-feira (23), com a presença de todo o grupo, composto por diversas autoridades dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além do empresário Alexandre Frasson, pai de Bruna Frasson, que está presa em Barcelona, na Espanha.
Segundo informou o deputado estadual Jeferson Fernandes durante a leitura do histórico das reuniões já realizadas, uma área no bairro Guajuviras, em Canoas, já foi cedida para a construção da sede da Apac e deve receber cerca de 100 apenados, que seriam reeducados em grupos de até 15 pessoas a cada trabalho.
Porém, esse estabelecimento será para experiência do modelo no Estado, segundo informações da secretária. A responsável pela pasta disse ainda que a reunião foi produtiva. "O grupo já está bem engajado com o trabalho e o projeto foi bem recebido pelo Governo do Estado. Os trabalhos para o início da construção já estão sendo feitos”, disse.
O que é a Apac?
O modelo, criado por Mário Ottoboni em 1970, leva condenados dos três regimes (aberto, semiaberto e fechado) para convivência em um espaço sem guardas prisionais. O método preza pela disciplina e o trabalho contra a violência, propondo uma forma mais humana de gerenciar o sistema.
Os apenados se apresentam como voluntários para fazer parte do método, não sendo obrigados a participar, porém, regras rígidas são os pilares da Apac e devem ser seguidas para a melhor convivência. Além disso, trabalhos para a ressocialização dos apenados, convivência com a família e espiritualidade são feitos com os presos.
Texto: Assessoria SJDH
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305