Rigotto defende imposto menor para o vinho em encotro com Lula em Flores da Cunha
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O governador Germano Rigotto reforçou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, hoje (17), em Flores da Cunha, a reivindicação da indústria vitivinícola e de entidades ligadas ao setor para que o imposto sobre o vinho brasileiro seja menor. Isso reduziria a concorrência crescente de vinhos de outros países onde a tributação é mais baixa. Os estados do Brasil têm alíquota de ICMS de 25% para o vinho. No Rio Grande do Sul, a alíquota era de 17% e foi diminuída em cinco pontos percentuais, como crédito presumido, ficando em 12%, ressaltou Rigotto, durante o almoço oferecido por representantes da vitivinicultura gaúcha. Conforme o governador, a opção pelo sistema de crédito presumido, em vez da simples redução da taxa para 12%, foi para evitar que o vinho estrangeiro recebesse o mesmo tratamento do brasileiro. Com a redução pura e simples da alíquota, estaríamos beneficiando o vinho de fora, explicou, enfatizando que a alíquota vigente no Rio Grande do Sul, hoje, equivale a menos da metade da praticada por outros estados. Rigotto disse que dessa forma o Governo do Estado está fazendo a sua parte, mantendo diálogo permanente com os vitivinicultores, por intermédio das entidades que os representam. Isso porque sabemos o quanto significa a produção de uvas e de vinhos para o Rio Grande do Sul e para o Brasil, afirmou. Rigotto enfatizou ainda que o Rio Grande do Sul produz a maior quantidade de vinhos do Brasil e os de melhor qualidade do país. Pelas premiações que temos recebido, os vinhos gaúchos estão também entre os melhores do mundo. É preciso reconhecer igualmente a qualidade do suco de uva e dos espumantes produzidos no Estado, que ocupam o segundo lugar entre os melhores do mundo, depois da França, completou. Ao agradecer ao presidente e aos ministros Roberto Rodrigues, da Agricultura, e Miguel Rossetto, do Desenvolvimento Agrário, a liberação de R$ 180 milhões para plantio, colheita e beneficiamento da uva e do vinho, o governador lembrou que, desde o início de sua administração, foram repassados pelo Estado R$ 7,4 milhões do Fundo de Desenvolvimento da Vitivinicultura (Fundovitis) ao Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). Neste ano, serão destinados mais R$ 3 milhões.