Projeto Alternativo de Ensino Médio inicia em Caxias e Erechim
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Seis escolas estaduais integrantes do Projeto Alternativo de Ensino Médio iniciam as atividades amanhã (13), com aula inaugural da secretária estadual da Educação, Lucia Camini. Às 10h, a comunidade de Lajeado Grande, distrito de São Francisco de Paula, acompanha o início das atividades do Projeto Alternativo de Ensino Médio na Escola Estadual de Ensino Fundamental Lajeado Grande. A escola atenderá 62 alunos no Ensino Médio, que antes precisavam percorrer mais de 100 quilômetros diários para prosseguir os estudos. A coordenadora de Educação da região de Caxias do Sul (4ª CRE), Nina Gil, destaca que o processo de formação dos oito professores que atuarão na escola já iniciou. Com a escola, muitos continuarão se deslocando para estudar, porém, as distâncias serão bem menores. Às 19h30, a secretária da Educação fará a aula inaugural do Projeto Alternativo de Ensino Médio na Escola Estadual de Ensino Fundamental Campos Sales, em Floriano Peixoto. Com a proposta, cerca de 200 alunos terão a oportunidade de cursar o Ensino Médio no município em outras quatro localidades. A escola base, responsável pela documentação legal, coordenação dos recursos humanos e aspectos pedagógicos, será localizada em Floriano Peixoto e atenderá 60 alunos. Outras quatro escolas inseridas, que serão ligadas à base e nas quais também ocorrerão aulas, serão implementadas em Barra do Rio Azul - E.E. de Ensino Fundamental Cardeal Leme (30 alunos), Carlos Gomes - E.E. de Ensino Fundamental Carlos Gomes (60 alunos), Centenário - E.E. de Ensino Fundamental Rondônia (25 alunos) e Ponte Preta - E.E. de Ensino Fundamental São José (30 alunos). A coordenadora de Educação da região de Erechim (15ª CRE), Elaine da Rocha, explica que antes da proposta alternativa da Secretaria da Educação era necessário deslocar-se para Erechim, Getúlio Vargas, Itatiba do Sul e Aratiba para cursar o Ensino Médio. Alguns desistiam ou paravam os estudos quando concluíam o Ensino Fundamental, assinala. O trabalho de formação dos professores está em andamento nas escolas. O Projeto Alternativo de Ensino Médio, que até o final de março estará em funcionamento em 38 escolas, é inovador pois ele suprirá as necessidades educacionais em localidades pequenas e municípios sem oferta deste nível de ensino. A ação beneficia cerca de mil estudantes e há a possibilidade de expansão do projeto. Com a alternativa de permanecerem na própria comunidade, os estudantes não precisam deslocar-se, mudar-se de cidade para prosseguir os estudos ou abandonar a escola. Em 2001, quatro escolas integrantes do projeto iniciaram as atividades em diferentes regiões do Estado: Escola Municipal de 1º Grau Alfredo Lenhardt, em Itaara (8ª CRE- Santa Maria), Escola Estadual de Ensino Fundamental Marçal Ramos, em Caraá (11ª CRE- Osório), Escola Estadual de Ensino Fundamental São Izidro, em São Nicolau (32ª CRE- São Luiz Gonzaga), e Escola Estadual de Ensino Fundamental Gottfried Thomas Westerich, em Novo Xingu (39ª CRE ? Carazinho). Em março deste ano, as Escolas Estaduais de Ensino Fundamental Moinhos, Colinas e Vespasiano Corrêa, na região de Estrela, e a Escola Estadual de Ensino Fundamental Marquês de Maricá, em Vila Lângaro, iniciaram as atividades Estrutura do Projeto Alternativo A proposta pedagógica foi aprovado pelo Conselho Estadual de Educação (CEEd) em 2001 e abrange 16 Coordenadorias Regionais de Educação. Em muitas escolas, estão ocorrendo parcerias com órgãos da administração estadual, prefeituras, cooperativas, sindicatos e movimentos sociais. Estrutura-se em escola base e escolas inseridas. As escolas base, uma por CRE, são responsáveis pela documentação legal, coordenação dos recursos humanos e aspectos pedagógicos. Nas escolas inseridas, ligadas à base, ocorrem as aulas. A organização curricular do projeto pedagógico é inovadora, estruturada em quatro grandes áreas do conhecimento: lógico-matemática, sócio-histórica, biológica e expressão. As aulas serão ministradas em sete etapas interrelacionadas, o que permite uma maleabilidade do calendário escolar, para adaptar-se às demandas sociais, econômicas e geográficas das comunidades. O currículo deverá ter duração mínima de 2.400 horas, organizadas em sete etapas, e não em séries e dias letivos.