O desempenho da safra gaúcha de grãos voltou a acompanhar o desempenho da nacional no ano passado, quando obteve um incremento, chegando a 18,4 milhões de toneladas. Esse comportamento não vinha sendo apresentado pelo Rio Grande do Sul, em 1999 e 2000, uma vez que a produção nacional mostrou-se favorável naqueles anos, enquanto o Estado apontou redução na sua produção. Em 2000, o setor gaúcho alcançou um volume igual ao obtido em 1990 (14,8 milhões de toneladas). Assim como o Brasil, depois de passar por aumento em sua produção até 1995, quando o Plano Real foi o grande responsável pela euforia nacional, e as safras tiveram uma performance importante, o Estado teve uma brusca redução na sua produção, em 1996, resultado dos baixos preços, em função do excesso de oferta, e da diminuição na área plantada pelos produtores, disse a Economista Vivian Fürstenau, da Fundação de Economia e Estatística (FEE), no lançamento da Carta de Conjuntura, na manhã de hoje (15). A partir daí, o governo cria mecanismos de mercado para a entressafra, a fim de alcançar metas crescentes de produção, entretanto, foi somente em 1999 que a produção brasileira ultrapassou as 80 milhões de toneladas, acrescentou Vivian. Mas foi em 2001 que a produção de grãos no País mostrou um desempenho importante, atingindo 98 milhões de toneladas. Esta produção deverá chegar à ordem de 100 milhões de toneladas de grãos, em 2002, principalmente devido aos incrementos na produção de soja. Para o Rio Grande do Sul, apesar das variações climáticas, mais acentuadas do que no resto do País, espera-se que a evolução alcançada em 2001 permaneça em 2002, repetindo o movimento do País, com crescimento da produção agrícola.