Este é de longe o processo governamental mais bem sucedido de participação popular em gestão pública que existe no mundo, disse ontem (1º), em Porto Alegre, a pesquisadora da Universidade de Harvard, Mona Serageldin. É a segunda vez que ela vem ao Rio Grande do Sul para aprofundar os estudos sobre o Orçamento Participativo realizado pelo Governo do Estado. O que mais impressiona nas inúmeras conferências sobre esta experiência brasileira que apresento no Rockfeller Center for Latin American Studies, em Harvad (Estados Unidos) e em vários outros países, é a elevada participação voluntária das pessoas e a abrangência do processo por todo o espaço geográfico do Rio Grande do Sul, tanto urbano como rural, o que considero muito difícil de fazer, mas vejo que aqui vem sendo feito com muita eficiência, afirma. No sábado (29) a pesquisadora acompanhou a plenária do Fórum Regional de Delegados, em Taquara, na região Paranhana-Encosta da Serra, e nesta segunda-feira (1º) manteve audiências com a coordenadora do Gabinete de Orçamento e Finanças, Márcia Quadrado, e com a coordenadora do Gabinete de Relações Comunitárias, Iria Charão. Ao falar da implantação do OP, Iria destacou que de fato este é um processo que é longo, que vai avançando e se aprimorando a cada ano. Também salientou que é fundamental neste processo que o governante abra mão de parcela do seu poder para que a população a exerça de fato. Mona Serageldin é diretora do Departamento de Planejamento Urbano da Universidade de Harvard, onde também ministra aulas nos cursos de doutorado e mestrado nas áreas de planejamento urbano e de inclusão social.