Greve dos professores tem pouca adesão na capital e no interior
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A grande maioria das 253 escolas da rede estadual de Porto Alegre, cerca de 202, tiveram aula normal na manhã desta segunda-feira (29), segundo informou a Divisão Porto Alegre. Na Escola Estadual de Ensino Fundamental Olinto de Oliveira, no bairro Cidade Baixa, todos os 30 professores que lecionam na instituição de ensino, que atende cerca de 500 alunos, estavam em aula nesta manhã. Conforme a diretora da escola, Olga Britto, os docentes não aderiram à greve deflagrada em assembléia na última sexta-feira (26), pelo Cpers/Sindicato, porque entendem que este não é o momento de paralisar. Não estamos satisfeitos com a questão salarial, mas percebemos que o Governo do Estado não tem condições de estar concedendo o reajuste neste momento, principalmente, por causa da falta de recursos. Ninguém ganha com a greve. Os professores e o governo ficam desgastados e os pais e os alunos são prejudicados, destacou. Olga disse ainda que os professores têm que ter responsabilidade por seus atos e que concorda com a recuperação das aulas a partir do dia 2 de janeiro. Acho que o secretário da Educação, José Fortunati, está correto em alertar os grevistas que as aulas deverão ser recuperadas em janeiro. Durante muitos anos vi os professores que faziam greve recuperar as aulas aos sábados e com temas de casa, o que não está de acordo com o que estabelece a LDB, nem com o respeito que devemos ter com os alunos e com a sociedade gaúcha, enfatizou. Segundo levantamento da Divisão das Coordenadorias Regionais (DCR) da Secretaria da Educação, a paralisação em todo o Estado varia entre 10% e 30% das escolas públicas, índice considerado baixo. A Secretaria da Educação informa que os estabelecimentos de ensino continuarão abertos, garantindo o direito dos professores que desejarem trabalhar. As direções estão controlando o ponto para saber quais os professores que terão que recuperar as aulas não dadas, o que acontecerá a partir do dia 2 de janeiro de 2005.