Governo e Sindimoto lançam campanha para reduzir acidentes envolvendo motoboys
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Preocupado com o crescente número de acidentes envolvendo motos, o Governo do Estado, por intermédio do Detran/RS, apoia a campanha Motociclista Cidadão, desenvolvida pelo Sindicato dos Motociclistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindimoto). A iniciativa, para promover a redução dos acidentes com motoboys, foi lançada nesta terça-feira (25), no Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff).
Entre as ações previstas para ocorrer ao longo do ano, está a atuação junto às Câmaras de Vereadores, distribuição de folhetos, visitas às empresas e entidades representativas da categoria, palestras sobre direitos dos motoboys e eventos em datas comemorativas. A ideia é reforçar os comportamentos positivos do motociclista no trânsito e da sociedade em relação a eles.
O número de motos circulando no Estado dobrou nos últimos 10 anos, chegando a 895 mil veículos em abril de 2010. O total de condutores categoria A também cresceu, de 815 mil em 2001 para 1,3 milhão, em abril de 2010, representando 35% do total de condutores. Desses, 27%, ou 365 mil, exercem atividade remunerada com o veículo. O índice de acidentalidade está entre os mais altos: 4,2 motocicletas em cada 10 mil da frota envolvem-se em acidentes com mortes - para automóveis, o índice é de 2,3. Significa que 17,8 mil motos foram envolvidas em acidentes com vítimas (mortos e feridos) em 2008, 15,8 mil em 2009, e 4,3 mil até abril de 2010.
De acordo com o presidente do Detran/RS, Sérgio Filomena, a campanha Motociclista Cidadão quer começar a reverter esse quadro. Além disso, acompanha todo um movimento de reconhecimento da profissão e valorização do motociclista profissional que vem com a Lei Federal nº 12.009/09, ressaltou o presidente da autarquia.
A alta taxa de acidentalidade, segundo o presidente do Sindimoto, Valter Ferreira, está ligada à demanda da sociedade por agilidade nas entregas dos serviços de motoboy, o que contribui para a imagem negativa do motociclista no trânsito, como condutores imprudentes, inconsequentes ou perigosos. Vítimas da própria baixa autoestima, muitos passaram a espelhar esse comportamento e a reação consolidou o preconceito como status da classe, finalizou.