A inclusão de mais dois municípios no programa Dissemina, a inauguração de outra Inspetoria de Defesa Agropecuária revitalizada e o repasse de um veículo foram as atividades que marcaram o fim da agenda do secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, no sábado (08), no município de Fortaleza dos Valos. Pela manhã, participou da Abertura Oficial da Colheita do Milho em Pejuçara, acompanhando o governador Tarso Genro, e à tarde entregou as revitalizações das Inspetorias de Defesa Agropecuária dos municípios de Pejuçara e Santa Bárbara do Sul.

Em Fortaleza dos Valos, inaugurou a reestruturação da Inspetoria de Defesa Agropecuária local, que funciona na Prefeitura Municipal, repassou um veículo para a Secretaria da Agricultura do município e, juntamente com o diretor-presidente da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), Danilo Rheinheimer dos Santos, assinou convênio com os municípios de Ajuricaba e Fortaleza dos Valos, para a inclusão destes no programa Dissemina. Com isso, repassa aos municípios um veículo, um botijão de nitrogênio e doses de sêmen, além do treinamento dos inseminadores indicados pelo município para o trabalho de campo.

Na unidade da Fepagro em Hulha Negra, na Central Riograndense de Inseminação Artificial, recuperada pela secretária da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa), e, após a construção, na mesma unidade, da Central de Biotécncias Reprodutivas, o Estado terá um dos mais modernos e avançados centros de reprodução animal, com genética de ponta e produzirá inclusive embriões, processo que vai além do melhoramento das raças.

Veículo é fundamental para defesa sanitária
A doação de um veículo à secretaria do município, segundo Mainardi, tem um papel estratégico para a guarnição das fronteiras. Com ele, os técnicos municipais e estaduais podem ter mais incidência e agilidade nas barreiras sanitárias no interior e atender melhor os produtores. Reforçando a fiscalização e aumentando a orientação, o Estado tem mais condições de conseguir fazer com que em dez anos, no máximo, todas as propriedades gaúchas sejam certificadas contra tuberculose e brucelose e tenham implantado a rastreabilidade.

As duas ações poderão alçar o Rio Grande do Sul à condição de um dos principais fornecedores de carne e leite para o Brasil e abrir portas para acessar os mercados que pagam mais, como o Japão. Para Mainardi, é um conjunto de políticas posto em prática pela Seapa, com a parceria das prefeituras, sindicatos rurais e produtores, de controle efetivo das enfermidades e viabilidade de renda para os produtores e para o Estado. Outra medida de incentivo à renda é o projeto de modernização dos parques e feiras do interior.

No total, o programa deve qualificar, num primeiro momento, 170 estruturas já existentes nos municípios. Pelo menos R$ 37,5 milhões serão investidos com o apoio do Governo Federal, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com contrapartida de R$ 7,5 milhões das prefeituras e sindicatos, totalizando R$ 45 milhões.

O governador Tarso Genro assinou decreto que transforma o programa numa política de Estado. Ao fazer isso, permite ao governo gaúcho destinar o mesmo valor todos os anos à modernização dos locais onde acontecem as feiras agropecuárias.

Lideranças comemoram
A vice-prefeita de Ajuricaba, Velanir Bagolin, que responde pela chefia do Executivo, comemorou a conquista do município e destacou que políticas como a do Dissemina contribuem concretamente para o desenvolvimento dos municípios, especialmente os pequenos que tem na agropecuária suas maiores riquezas.

O prefeito de Fortaleza dos Valos, Adair Toledo, depois de destacar o bom desempenho da bacia leiteira do município – a segunda maior produtividade média do Estado e a terceira do País – disse que o Dissemina cria condições para que os pecuaristas familiares também acessem estas tecnologias, antes exclusividades dos grandes.

O diretor presidente da Fepagro, Danilo Rheinheimer dos Santos, argumentou que o programa, coordenado pela fundação, vai além da simples distribuição de sêmen e veículos. “Precisamos da colaboração das prefeituras, repassando informações, para que possamos fazer um acompanhamento efetivo e, com base nas análises, melhorar cada vez mais a performance do programa”, explicou.

Texto: Daniel Cóssio
Foto: Vilmar da Rosa
Edição: Redação Secom