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Documentário falado em dialeto alemão Hunsrückisch é exibido pela TVE nesta terça-feira

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Em Land Schaffen, dirigido por Clarissa Beckert e Pedro Henrique Risse, o trabalho, a família, o cotidiano e a força do homem do campo são elementos que interligam fragmentos de vida. Neste filme, há cinco personagens principais e suas famílias. A narrativa se constrói a partir de conversas entre os personagens sobre a vida, os seus desafios e sonhos, o trabalho duro na roça e o cotidiano. Filmado nos municípios de Araricá, Bom Princípio, Sapiranga e Presidente Lucena, Land Schaffen é quase inteiramente falado no dialeto Hunsrückisch, que é o idioma predominante nestas comunidades.

O filme é um dos selecionados para a série Documenta RS, financiada pelo Edital da Secretaria de Cultura do RS “Rio Grande do Sul – Pólo Audiovisual”, e vai ao ar na terça-feira (6), às 20h, com reprise no sábado (10), às 23h30.

O título Land Schaffen pode ser traduzido para o português como “criar a terra” ou “produzir a terra”. É um conceito geográfico que remonta à ação do homem sobre a terra, ou seja, à associação de natureza e ação humana. É, possivelmente, a origem da palavra “Landschaft”, comumente traduzida como “paisagem” para outros idiomas. Além disso, a palavra “schaffen” é utilizada no dialeto Hunrückisch como o verbo “trabalhar”, sendo que, em alemão, significa “conseguir/criar”.

A obra tem como referência a produção contemporânea em que se propõe um diálogo entre a ficção e o documentário, como “Céu sobre os ombros” de Sérgio Borges e “Avenida Brasília Formosa” de Gabriel Mascaro. O filme trabalha com uma câmera que parece apenas observar, como no Cinema Direto, e adota uma montagem própria do cinema ficcional, buscando imersão e identificação com os personagens.

Dialeto Hunsrückisch
O dialeto alemão Hunrückisch foi trazido pelos primeiros imigrantes alemães para o Brasil. Aqui sofreu alterações por consequência do contato com outros dialetos alemães e, principalmente, pelo contato com o idioma português. Deste desenvolvimento surgiram diversas variações do dialeto, dentre elas, o dialeto falado no Rio Grande do Sul, que possui particularidades que o diferenciam e definem enquanto tipo específico: o “riograndenser Hunsrückisch”. É possível dizer que o alemão falado no Brasil é um alemão genuinamente brasileiro.

Ficha técnica
Pesquisa, Direção, Produção, Montagem: Clarissa Beckert e Pedro Henrique Risse
Fotografia: Pedro Henrique Risse.
Diretor Assistente e Som Direto: André Garcia
Edição de Som e Mixagem: Marcos Lopes da Silva e Tiago Bello
Colorista: Ligia Tiemi
Assessoria de Imprensa: Adriana Martorano Comunicação
Companhia Produtora: Verte Filmes

Texto: Anahy Metz
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305 

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