Diagnóstico aponta recursos minerais exploráveis para desenvolvimento do RS
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Um panorama atualizado do setor de mineração do Rio Grande do Sul, com as possibilidades de investimento para promover o desenvolvimento econômico, foi apresentado nesta quinta-feira (23), no Palácio Piratini. O documento, lançado pela Secretaria de Minas e Energia em parceria com entidades do setor, reúne desde as reservas minerais presentes no território estadual e principais municípios mineradores até dados relativos à arrecadação de impostos, geração de empregos e produção dos últimos cinco anos.
Intitulado Mineração no Rio Grande do Sul: Diagnóstico Setorial e Visão de Futuro, o texto ressalta os benefícios de uma maior integração e o trabalho conjunto entre os entes públicos e empresas que movimentam o setor. Entre eles, estão a Secretaria de Minas e Energia, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental, o Departamento Nacional de Produção Mineral/Agência Nacional de Mineração e o Serviço Geológico Brasileiro (CPRM).
Durante o ato, a criação do Comitê de Planejamento do Setor Mineral do Estado (Comergs) - já em atuação - e a cooperação com o setor privado são exemplos de mobilização para alavancar a atividade. Também foram citados os principais projetos com instalação prevista: o Fosfato Três Estradas, na região de Lavras do Sul, com investimentos de R$ 184 milhões; o Retiro, em São José do Norte, que terá R$ 800 milhões em recursos; e o Caçapava do Sul, onde serão aplicados R$ 371 milhões.
"O RS concentra 89% das reservas brasileiras de carvão mineral. Em termos de energia, é mais de três vezes o que o Brasil possui em petróleo. O grande desafio é transformar essas reservas minerais em emprego e em receitas. Este estudo é mais um legado que fica para o estado, para a sociedade e para as próximas gerações", afirmou o governador José Ivo Sartori.
Para a secretária de Minas e Energia, Susana Kakuta, o estudo é uma meta assumida no início do governo para gerar mais receita ao Estado. "É o resultado de uma grande parceria estratégica para resgatar a importância do setor. Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo já têm um espaço estratégico para isso", destacou. "Tivemos uma matriz econômica muito baseada na indústria e agronegócio, colocando de lado a mineração. Chegou a hora de identificarmos e promovermos a competitividade das riquezas pouco ou não exploradas", acrescentou.
"Há muito tempo milito na área e aqui presenciamos uma fase de fechamento de minas. Agora, estamos vivendo uma outra etapa no Rio Grande do Sul, um momento de oxigenação do setor", enfatizou o diretor de Geologia e Recursos Minerais da CPRM, José Leonardo Silva Andreotti.
Fonte de receitasO trabalho aborda a importância de potencializar o setor, comercializando produtos, destacando a importância ambiental e gerando renda. No primeiro capítulo, Contexto da Mineração no Estado do Rio Grande do Sul, são descritos os oito grupos de substâncias minerais abordados no diagnóstico setorial, tais como materiais para construção civil, minerais metálicos e recursos energéticos. Todos eles contribuem para o desenvolvimento socioeconômico do estado.
Em seguida, se apresentam os principais desafios dos empreendedores e os conceitos de minerais estratégicos - aqueles escassos, essenciais para setores econômicos críticos ou fundamentais para um país ou nação - e o atual contexto de sua exploração e potencialização no Rio Grande do Sul.
O material estará disponível no site da Secretaria de Minas.
Diagnóstico aponta recursos minerais exploráveis para desenvolvimento do RS
Diagnóstico aponta recursos minerais exploráveis para desenvolvimento do RS Crédito: Governo do Rio Grande do Sul
Edição: Gonçalo Valduga/Secom