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Conheça a pifanista Zabé da Loca em Visceral Brasil

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Nesta semana, em Visceral Brasil, vamos conhecer a história da paraibana Zabé da Loca. A tocadora de pífano, um tipo de flauta típica do nordeste brasileiro, já viveu em uma gruta e atualmente vive em um assentamento da reforma agrária. O episódio "Sob o céu de Zabé" vai ao ar neste sábado, 2 de agosto, às 22h.

Zabé começou a tocar o instrumento aos sete anos e passou a infância trabalhando no campo e fazendo música em Buíque, agreste de Pernambuco. Casada, a artista mudou-se pro interior da Paraíba e teve filhos. Quando ficou viúva, sua casa literalmente ruiu e a única alternativa foi se mudar para uma gruta ou loca, na linguagem da região. Lá ficou por 25 anos e tirou o apelido e as condições que moldariam sua música.

Em 1995, a pifanista foi descoberta pela mídia e saiu da caverna. Então, sua música, sem tempo ou espaço, foi descoberta por jovens e tradicionalistas e serviu de inspiração para artistas como o percussionista argentino Ramiro Mussoto e o grupo paraibano Cabruêra.

A série é uma produção da Plural Filmes em parceria com a gaúcha Joner Produções e tem curadoria de Carla Joner e direção de Marcia Paraiso. Com treze episódios, o projeto enfoca em cada um deles um grande nome da música de raiz brasileira. São artistas que conseguiram extrapolar o nicho do regional e ter seu nome conhecido no país e no exterior.

Próximos episódios:

Programa 9:  "O Mestre do Maracanã", 9 de agosto, às 22h

Sinopse: Mestre Humberto, à frente do Batalhão do Boi de Maracanã, representa a tradição do bumba meu boi do Maranhão. Premiado cantador e condecorado Mestre da Cultura Brasileira, o programa mostra o início como cantador de boi, os filhos que herdaram o dom musical e a comunidade do Maracanã e sua gente, um misto de zona industrial e rural na periferia de São Luís. Filmado durante o batizado do Boi de Maracanã, em junho de 2013.

Programa 10: "A herança de Ernestina", 16 de agosto, às 22h

Sinopse: Dona Maria do Batuque herdou da mãe a cultura do batuque na região de São Romão, a beira do Rio São Francisco, Minas Gerais. Ritmo ancestral, ela carrega na viva lembrança as letras das dezenas de músicas cantadas e recantadas pelos antigos. Cabe a seu irmão mais novo, Jerônimo, artesão de carrancas e instrumentos, manter a tradição viva após sua morte.

Programa 11: "O sotaque da guitarra", 23 de agosto, às 22h

Sinopse: Mestre Vieira é o criador de um estilo musical: a guitarrada. Na cidade de Barcarena, no Pará, Vieira tem uma vida simples: faz compras de bicicleta, encontra amigos no mercado de peixe, ensaia na varanda de casa e vive intensamente a família e o amor pelos filhos e netos.

Programa 12: "Gente de verdade", 30 de agosto, às 22h

Sinopse: Os índios Suruí Paiter  na tradução para o português, "gente de verdade", vivem em Rondônia e tem a tradição da cantoria e do uso da flauta de taquara para relatar o cotidiano. A cerimônia da chicha, quando os dois clãs que habitam a mesma aldeia se encontram e se desafiam através da música, é um acontecimento de resistência cultural de um povo que manteve sua língua e muitas de suas tradições ancestrais. Participação especial de Marlui Miranda, que desde a década de 70 desenvolve projetos artísticos com vários grupos indígenas, inclusive os Suruí.

Programa 13: " Pelas almas de bem", 6 de setembro, às 22h

Sinopse: Na madrugada da véspera do dia de finados, o grupo Zambiapunga, formado por cerca de 40 homens, sai pelas ruas da pequena cidade de Nilo Peçanha, chamando pelas almas de bem, como numa catarse coletiva. Uma tradição que veio da África para a Bahia.

Texto: Clarice Passos
Edição: Redação Secom 

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