A criação de um comitê gestor nos próximos dias vai reforçar a articulação entre o Cluster de Tecnologias para a Saúde RS e a Fundação Medical Valley. A criação do Comitê é mais uma etapa prevista na parceria entre o Rio Grande do Sul e o Medical Valley, um dos grandes centros de pesquisa e tecnologia em saúde na Alemanha. Os avanços foram pauta de reunião, nesta quinta-feira (11), entre o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sdect), Márcio Biolchi, a presidente do Badesul, Susana Kakuta, e o diretor executivo do Medical Valley, Tobias Zobel.

O Medical Valley é um dos nove clusters de excelência implementados pelo governo alemão para gerar economia pela inovação tecnológica. Reúne mais de 500 empresas, desde companhias de grande porte até startups, 16 universidades e mais de 40 instituições de saúde. Está instalado em Erlangen, a 27 quilômetros de Nuremberg.

Zobel destacou as tratativas com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs) para selecionar pesquisadores gaúchos na área de engenharia biomédica para intercâmbio com a Alemanha. Para a presidente do Badesul, o projeto tem uma função estratégica relevante para os gaúchos porque "envolve um segmento voltado à qualificação tecnológica na saúde num Estado que apresenta condições avançadas na questão dos recursos humanos e no desenvolvimento tecnológico de suas instituições.

Na avaliação de Biolchi, a parceria com o Medical Valley possibilita na prática o surgimento de novos produtos e tecnologias. "Esse projeto reforça uma das vocações do RS, que é a presença de uma estrutura de saúde consolidada e avançada, com reconhecimento internacional", afirmou.

Tecnologia em saúde

A parceria com a Fundação Medical Valley foi firmada em novembro de 2015 durante missão governamental à Europa para conhecer a experiência do Cluster na Alemanha. Em Erlangen, o governador José Ivo Sartori assinou termo de cooperação para apoio à instalação do cluster de tecnologias para saúde no Rio Grande do Sul, reunindo indústrias, universidades, centros de pesquisas e hospitais.

Em agosto do mesmo ano, foi firmado termo de cooperação para estabelecimento do cluster entre o governo do Estado e entidades representativas de universidades, hospitais, empresas, prefeituras, planos de saúde, associações empresariais e setoriais, instituições de apoio, parques tecnológicos e arranjos produtivos locais.

No final do ano passado, através de parceria com a Capes, foi firmado contrato com a FAU (Friedrich-Alexander-Universität Erlangen-Nürnberg), principal universidade do Medical Valley, para desenvolver um plano de trabalho, com previsão de execução em 24 meses.

Texto: Angela Bortolotto/Sdect
Edição: Gonçalo Valduga/Secom