Centro de Referência da Mulher cria sala especial para mostrar os registros de violência doméstica
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O Centro de Referência da Mulher Vânia Araújo Machado abriu nesta segunda-feira (11) suas portas para mostrar a sociedade, por meio de áudios, os principais tipos de violência relatados nos atendimentos. Os depoimentos foram narrados por diferentes vozes que interpretam as narrativas das mulheres que buscam atendimento presencial ou por telefone. São histórias chocantes que retratam o nível elevado de todo tipo de violência a que as vítimas são submetidas.
O secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Catarina Paladini, falou da importância do centro que serve de referência para implantação de estruturas municipais. Comitivas de Bagé, Santo Antônio da Patrulha e Alvorada estavam presentes ao ato e vieram ao CRM em busca de subsídios para o atendimento local. Paladini disse a administração estadual está fazendo o zoneamento para identificar as regiões onde há maiores índices de violência de gênero, as classes sociais mais envolvidas e as circunstâncias em que ocorrem. “A partir desse levantamento, essas regiões serão visitadas objetivando ações concretas de prevenção."
A diretora do Departamento de Políticas para as Mulheres da SJCDH, Luciana Custódio, destacou o envolvimento do poder público estadual no acolhimento às vítimas de violência. A diretora apelou para que as mulheres não se calem. "Assim o Estado pode fazer a sua parte. A política pública para as mulheres não para e o poder público precisa tomar conhecimento dos casos para poder agir”, concluiu.
O trabalho intitulado “Instalação Não se Cale” e a exposição "Não Abafe o Caso" integram a programação do mês da mulher promovida pela Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos. A visitação ocorre até o final do mês, de segunda a sexta-feira, das 9 às 18h, no CRM, na Travessa Tuiuti, nº 10.
Feira Mulheres Artesãs
O saguão do segundo andar do Centro Administrativo do Estado Fernando Ferrari que dá acesso ao prédio da Seduc abriga até a quarta-feira (13) a Feira Mulheres Artesãs. A iniciativa, que também integra a programação do mês da mulher, contempla acessórios, bijuterias, bonecas, turbantes, cadernos, agendas, roupas com a inclusão de garrafas pet, roupas com motivos afro, arte e crochê e peças artesanais em geral.
A diretora-geral da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Maria Fernanda Bermudez, ao abrir a feira, ressaltou a importância do empreendedorismo. Ela disse que a feira deve servir também como espaço para a exposição de ideias. Maria Fernanda pediu para as participantes um relato sobre suas necessidades e como o poder público pode colaborar.
Também participaram da abertura da feira a diretora do Departamento de Direitos Humanos da SJCDH, Maria da Graça Paiva, a coordenadora de Igualdade Étnica e Racial, Tânia Neves de Paula, coordenadores e servidores da secretaria.

Texto: Ataides Miranda/SJCDH
Edição: André Malinoski/Secom