A Câmara Temática do Pacto Gaúcho pela Educação será instalada nesta quarta-feira (6), às 10h. A atividade ocorre na sede da secretaria do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no 21º andar do Centro Administrativo, em Porto Alegre. A educação foi apontada como prioridade pelos integrantes do CDES-RS e foi o tema que mais teve conselheiros interessados, com um total de 29.

Entre os objetivos prioritários desta Câmara está a criação de uma rede de instituições de ensino superior e institutos federais para a capacitação e formação de profissionais da educação, jovens e trabalhadores.

Esta Câmara debaterá temas como a universalização do acesso ao ensino médio; aumento das vagas gratuitas do ensino técnico profissional; ampliação do número e a qualificação dos profissionais vinculados à rede pública estadual.

Esta ação busca também promover o conhecimento, com incentivo à pesquisa e inovação tecnológica, vinculando a educação à realidade econômica, social e cultural das regiões e aos arranjos produtivos locais, registra o secretário executivo do CDES, Marcelo Danéris. Ele observa que a capacitação profissional de trabalhadores deve atender às demandas dos setores produtivos do Estado, mediante ações educativas no campo e nas cidades, integrado à nova agenda de desenvolvimento do RS.

A primeira recomendação produzida pelo Comitê Gestor do CDES no final de março foi justamente o apontamento da qualidade da educação como diretriz essencial para o desenvolvimento do RS. Entre os pontos do documento estão a valorização dos professores e profissionais da educação, ampliação dos índices de investimento público, expansão do ensino infantil, universalização do ensino médio e formação continuada.

O Estado do Rio Grande do Sul possui cerca de 75 mil professores da rede estadual entre efetivos e contratados, que atuam em mais de 2,5 mil escolas da educação básica e profissional, atendendo 1,2 milhão de alunos. As redes municipais contam com mais de 60 mil professores que atendem mais de 700 mil alunos. Além disso, nas escolas particulares atuam mais de 25 mil professores atendendo em torno de 300 mil alunos.

Formação e mercado de trabalho

Do total de alunos de nível médio que entre 2003 e 2007 estudaram em escolas técnicas federais, 72% estão empregados. Desses, 65% trabalham em sua área de formação. Os dados foram revelados por uma pesquisa inédita feita pelo Ministério da Educação junto a 2.657 ex-alunos de 130 instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.

A alta absorção dos técnicos é acompanhada de outras boas avaliações como, por exemplo, a remuneração dos que estão empregados. Entre os que trabalham, 59% acreditam que seu salário está na média do mercado e 11% acreditam receber mais que a média. Dos estudantes egressos da Rede Federal, público alvo da pesquisa, 84% cursaram o ensino médio em escola pública e 68% cursaram o ensino fundamental em instituições públicas.

A pesquisa também trouxe dados sobre a interação das escolas técnicas federais com o arranjo produtivo local das regiões. O MEC orienta suas escolas a considerar o mercado local para definir a oferta de cursos técnicos. Entre os empregados, 74% trabalham a 50 quilômetros de distância, no máximo, dos municípios onde fizeram seus cursos.

A continuidade dos estudos e a adequação da formação profissional recebida também foram tema da pesquisa nacional de egressos dos cursos técnicos da rede federal de educação profissional e tecnológica. O percentual dos que qualificaram a formação recebida como boa e ótima foi de 90%.

Texto: Stela Pastore

Edição: Palácio Piratini (51)3210-4305