Audiência no Procon debate problemas de energia elétrica e telefonia no Vale do Rio Caí
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Prefeitos, vereadores e representantes dos Procon do Vale do Rio Caí estiveram reunidos na tarde desta terça-feira (26) para discutir as falhas de atendimento e fornecimento de energia elétrica e serviço de telefonia na região. O encontro promovido pelo Procon e pela Associação dos Municípios do Vale do Rio Caí (Amvarc) é mais uma ação do departamento na busca da harmonização das relações entre fornecedores e consumidores dos dois serviços.
A abertura contou com a presença do secretário da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Catarina Paladini. O secretário reforçou que os municípios não estão pedindo muito, pois seus moradores querem produzir, trabalhar, mas que, para isso, precisam da energia. “Essa reunião inaugura um novo ciclo, um conjunto de ações da RGE para cumprir e equacionar as questões apresentadas”, afirma.
A diretora do Procon, Maria Elizabeth Pereira, contou ao público que a RGE entregou nessa segunda-feira (25) um relatório com pontos a serem corrigidos e investimentos a serem feitos no Vale do Taquari, e que acredita que a empresa deve fazer o mesmo para o Vale do Rio Caí. "A gente considera que a energia, além de ser um serviço essencial, é uma obrigação de Estado. Por isso, o Procon reúne representantes das regiões para que eles tragam seus problemas, a fim de que a companhia os solucione."
O vice-presidente da Amvarc e prefeito de Pareci Novo, Oregino José Francisco, e prefeito de Tupandi, Hélio Muller, falaram que os principais problemas relacionados à RGE são a dificuldade de comunicação com a companhia, a demora para o restabelecimento da energia elétrica, troca de postes e a poda de árvores.
O gerente de relacionamento da RGE, Edson Severo Braz, ouviu todos os relatos e reforçou que a companhia vai elaborar um plano para atender a demanda de cada cidade. Segundo ele, é interesse da distribuidora que seus consumidores tenham um serviço constante e de qualidade e disse que sua equipe vai buscar formas para solucionar as questões apresentadas.
O representante da RGE recebeu uma notificação do Procon para que apresente em 10 dias esclarecimentos referentes às falhas como a demora na prestação de serviços, não comparecimento de técnicos em serviços agendados, além de apresentar as medidas que serão adotadas para sanar todos os problemas. Nova reunião com os prefeitos da região ocorre em 60 dias para analisar se o plano está cumprido e se houve resposta às demandas.
Telefonia
A segunda parte do encontro tratou dos problemas enfrentados pelos municípios em relação à telefonia. A queixa mais frequente se refere à falta de serviço.
Para a diretora Maria Elizabeth Pereira, a reunião serve para que se levante a situação que está ocorrendo, as dificuldades encontradas e a possibilidade de sanar. Ressaltou que o interesse do Procon não é multa, é resolver. “Não dá para aceitar que algumas pessoas fiquem sem cobertura nenhuma e que sejam vendidos aparelhos e planos para essas pessoas”, lamenta Maria Elizabeth.
O vice-presidente da Amvarc e prefeito de Pareci Novo, Oregino José Francisco, reclamou que o serviço de telefonia é caro, mas o serviço oferecido é precário e que é muito comum os moradores da região ficarem sem sinal, sem contar que, em algumas localidades, apenas uma operadora atende aquele perímetro.
O representante da Anatel Maurício Perone destacou que a agência já analisou quais localidades têm maior demanda e deficiência de transmissão. A Vivo não compareceu à audiência por compromissos anteriormente assumidos, conforme ofício encaminhado ao Procon. Estiveram presentes e responderam aos questionamentos os representantes da Claro, Oi e Tim.
O Procon solicitou que os municípios encaminhem ao departamento todos os tipos de reivindicações e reclamações na região. A operadora Oi foi notificada para que preste esclarecimento de reclamações feitas por alguns municípios no prazo de dez dias e salientou que as cidades atendidas pela Vivo e que tiverem reclamações devem encaminhá-las para o Procon para que a empresa seja notificada.
Texto: Fernanda Coiro/AscomProcon
Edição: Léa Aragón/ Secom