Agricultora de Pelotas retoma a cultura do aspargo no município
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Com o fechamento de várias fábricas de conservas no município de Pelotas, todos os plantadores de aspargos da região abandonaram este tipo de agricultura. O aspargo passou a ser produto importado de outros estados e países. Nesta época, Rosani Schuch Voigt ganhou de seu pai, antigo plantador de aspargos, uma caixa do produto, da última colheita. Ela transformou o aspargo em conserva e vendeu toda a produção. A partir daí, cresceu seu desejo de ser uma plantadora de aspargos. Há cerca de quatro anos, Rosani conseguiu comprar a lavoura de seu pai e começou a plantação de aspargos. A pelotense de 32 anos conseguiu linha de crédito do Programa Agricultura Familiar, do Governo do Estado, e fez crescer sua produção. Com o financiamento, montou uma agroindústria e hoje colhe três mil quilos de aspargos por safra e os transforma em conserva. O aspargo é um dos mais difíceis alimentos de ser produzido. Em época de colheita, é preciso cortar todos os dias, não importa se está chovendo, contou Rosani. Ela disse que, no primeiro ano, é plantada a semente para fazer a muda. Aí, leva um ano, depois planta-se a muda e vai mais um ano para a primeira colheita. Depois, nos próximos dois anos, só se pode cortar por 30 dias e no segundo corte, pode-se colher por 60 dias. A partir daí, a colheita fica produtiva, explicou ela. Apesar de toda esta dificuldade, é o que eu mais gosto de fazer, concluiu. A banca de aspargos da Rosani está na Feira da Agricultura Familiar, na Expointer 2002, vendendo também outros produtos feitos em sua agroindústria.